E no início só exista os arquivos TXTs
Eu ainda me lembro de quando eu comecei a programar e trabalhar com Linux. Eu passava horas pesquisando comandos e executando eles até conseguir o comando certo. E quando eu conseguia eu guardava esse comando em um arquivo TXT mesmo em algum lugar na minha maquina. O problema ai era outro, logo esse meu arquivo TXT estava lotando de comandos importantes e muitos deles depois alguns anos eu nem me lembrava ao certo para que eles serviam. E outras vezes eu passava horas procurando na internet o comando que eu já tinha salvo no arquivo TXT.
E minha vida de programador e estudante foi assim, criando arquivos TXT e perdendo eles quando formatava o computador ou saia da empresa que trabalhava.
Mas o tempo passou e o mundo evoluiu. E depois de muitos comandos perdidos e pesquisas perdidas. Eu descobri o Evernote.
Programação depois do Evernote
Para quem nunca usou o Evernote, ele era apenas uma forma fácil de salvar os textos em um site. Sem formatação sem nada. Com o tempo ele foi evoluindo e você poderia salvar HTML e depois enviar arquivos complexos. A grande vantagem é que agora era possível pesquisar as informações salvas e ter uma visão mais geral de todas as sua informações sem contar que você não tinha mais que ter medo de problemas no HD ou falhas no sistema operacional.
Por muito tempo o Evernote era tudo para mim, qualquer coisa que eu via pela internet e achava legal e que poderia ser útil no futuro eu já deixava salvo lá dentro. E com isso eu tinha a minha própria biblioteca de informações úteis.
Porém como tudo, nada é para sempre.
Com o avanço dos anos e a evolução da internet. Veio a chegada dos folders virtuais (Dropbox, Google Drive ...) o espaço virtual começaram a ficar mais barato. E as pessoas no lugar de salvar arquivos de texto estavam salvando imagens, planilhas e documentos complexos. O Evernote passou a ser um artigo de luxo para programadores brasileiros devido ao preço. E seus concorrentes como folders digitais eram bem mais baratos.
Eu tentei por varias vezes usar minhas notas em arquivos de TXT e salva-las de novo em meus diretórios virtuais. Logo veio o Markdown para me ajudar a formatar os documentos sem complicações. Mas eu ainda tinha alguns problemas como: ligar as informações dos arquivos, pesquisar informações de maneira complexa ou mesmo ter o controle de todo o histórico com uma visualização amigável.
Uma nova esperança
Recentemente eu estava lendo o livro Smart Notes que fala sobre técnica de organização de notas criada pelo sociólogo alemão Niklas Luhmann. O Zettelkasten é um "arquivo de notas" que ajuda a pensar, escrever e aprender de forma mais eficiente. Usando palavras chaves para conectar pensamentos e ligar conhecimentos de uma forma não linear. Pesquisando um pouco sobre o assunto eu encontrei o aplicativo Obsidian. Eu já tinha tentando tomar salvar minhas notas usando Markdown, mas eu sempre tive problemas para conectar e pesquisar dentro dos arquivos de uma maneira rápida e simples. O Obsidian consegue fazer isso de uma maneira intuitiva e simples.
Tudo ficou tão simples e rápido que passei a usar o método de Smart Notes não apenas para salvar comandos, mas também para documentar partes dos produtos da empresa. Muitos desses aspectos não eram devidamente mapeados e frequentemente careciam de documentação, já que, em um ambiente corporativo, o desenvolvimento de produtos ocorre de forma acelerada e a documentação rapidamente se torna obsoleta. A técnica dos Smart Notes me permitiu atualizar essas informações de maneira ágil e eficiente, garantindo que o conhecimento fosse continuamente registrado e acessível.
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